terça-feira, 13 de abril de 2010

Trajetória

 Olá Amig@s !


  Depois de me conectar com o mundo dos blogs, principalmente blogs das mulheres que estão organizadas (e também desorganizadas!) em rede se manifestando a favor da maternidade ativa,  compartilhando suas vidas, experiências profissionais, afetivas, abrindo seus corações para dividir a profundidade dos sentimentos que emergiram das transformação trazidas pela maternidade, também desabafos e sinceras revelações de injustiças sofridas nos processos de pré, parto e pós parto. Enfim, depois de ler histórias de várias mulheres sejam elas mães ou profissionais, veio-me um sentimento da importância de nesse post, contar um pouquinho da trajetória que percorri pra descobrir um caminho que de fato estava coberto, esperando que eu puxasse o pano para descobri-lo!
 Esse assunto do parto chegou em minha vida quando eu estudava Ciências Sociais na Federal de Santa Catarina, gostava muito da cidade, das pessoas, fiz grandes e eternos amigos. Lá também despertei para a vida espiritual que fez toda diferença na minha maneira de olhar o ser humano. Ainda cursando a ciências sociais mas decidida a seguir na área de saúde, procurei um estagio dentro do Hospital Universitário, queria conhecer a movimentação de um hospital e confirmar a profissão que havia escolhido: enfermagem. Havia uma vaga para trabalhar na recepção, esta qual eu estava quase assinando quandooooo o telefone do departamento pessoal toca e o setor de UTI Neonatal, pede com urgência um escrituário. O assistente social me olha, pega meus papeis e me coloca na UTI-NEO. A essa pessoa sou eternamente grata! rs
E foi lá que tive a primeira aproximação, de fato, com os bebês e as mães.
Uma de minhas funções era organizar o prontuário dos pequenos pacientes e suas mães, ali, continham em siglas e curtos vocabulários técnicos porém abrangentes, o resumo de vidas inteiras!
Sendo um hospital público me deparei com todos os tipos de carências humanas, vi o desespero de mães adolescentes que foram mandadas emboras de suas casas por estarem grávidas, mães aflitas por não ter condições financeiras de sustentar um bebê, mulheres com distúrbios mentais sem condições psicológicas de criar uma criança, mães portadoras de HIV, mães, mães e mães!
E isso tudo foi contribuindo para eu ter mais certeza do queria estudar e fundamental pra estabelecer meu papel de vida na aqui na terra.
Voltei para Jacareí-SP minha cidade natal, aconteceu que os ventos na época não estavam muito favoráveis por aqui e pela forças das circunstâncias, tive que fazer atividades que me desviavam da rota principal.
Quando já estava quase sendo vencida pelo cansaço, tive um encontro com pessoas muito especiais que sem que elas soubessem, estavam colocando de volta em mim o brilho do propósito e me relembrando nada mais nada menos: quem eu era e o que vim fazer. (Hoje eu sei que eu ganhei uma chuva de ocitocina e não tive como não me render!)
Depois desse momento, de reintegração comigo mesma, retomei a jornada! E a lição eterna de que as Estrelas-Cadentes vivem entre nós e até mesmo em um segundo de brilho mostram o caminho do nascimento.


Com Carinho: Renata Costa

2 comentários:

  1. Amiga Doula, que lindeza de desenho, muito agradecida pelo blog. Surpresa boa que tive ao acessá-lo. Sabes que sou aprendiz de Doula? Um cheiro de jasmim, daqui do Recife.

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  2. Renatinha!!!Que surpresa ao ler seu blog.Sua trajetória é surpreendente e encantadora hein!Quantos caminhos foram traçados nesses últimos anos.Estivemos em contato por alguns poucos semestres mas continuo na torcida por vc.Vejo que está feliz.
    Gabriel (aquele do 307,lembra?hehe)

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