sexta-feira, 9 de março de 2012

Amamentar é poesia!




Venha filho, sugar o alimento que a natureza do meu corpo lhe oferece. Que Deus permita que além do leite eu possa também lhe dar mel. O mel da doçura da vida, do prazer de ser e estar nessa terra.
Que esse sagrado alimento possa te dar força não apenas para ficar gordinho!

Mas que te dê força para crescer e gravar no seu inconsciente a memória dessa energia.
E quando passares pelas provações mais fortes da vida, resgatar dentro de você a sensação do ato de amor que lhe entreguei com todo afeto e carinho e ser capaz! Capaz de vencer sempre.
Olhar seus olhos atentos, sentir sua boca quentinha em meus seios, me divertir com os barulhinhos de quando estás esfomeado! Me traz a alegria de ser sua mãe. 
Filho, quem gerou essa mãe foi você!
Sem você não seria quem sou.
Mudou minha identidade, minha responsabilidade, meus horários, meus horários e também meus horários!!  Reencontrei a espontaneidade!
E trouxe o aprendizado que me fez sentir mais humilde perante a grandeza do universo da maternidade.

Sementinha do jardim materno que brotou, nasceu e agora só tem a crescer.
O que vem de mim, permanece em ti como envoltório!
Por isso quando te dou o alimento, me concentro na sua paz, na sua saúde e no seu vigor.
É o nosso momento, momento dos nossos corpos pele a pele, do cheirinho.
E o que eu quero que você entenda, explico com a suavidade do meu toque e da calma da minha respiração.

Sei que sentes tudo que sinto, nossa comunicação é infalível. 
Você me faz compor canções que saem da minha alma e que posso esquecê-las em poucos segundos depois de cantar, mas não tem importância, sempre chegam outras.
Filho, me ensina a ser sua mãe simplesmente para sempre!



Com Carinho: Rê

sábado, 25 de fevereiro de 2012

CONVICÇÃO!

Após um longo tempo sem postar, retomo as atividades do Blog afim de oferecer mais informações os/as amig@s, seguidores, gestantes e mamães dessa rede!
E digo com firmeza que cada dia que passa aumenta a minha convicção de que o parto natural é de fato o mais seguro e benéfico para a saúde da mulher e da criança!
A medicina ocidental ocupa-se demais em tratar a doença, tem uma dificuldade profunda em lidar com o natural, (consequência também do mundo contemporâneo) e acaba tratando a gravidez como uma patologia. Dentro de uma consulta de pré-natal a gestante escuta mais sobre os riscos que se pode ter em uma gestação do que orientações sobre bem estar, relaxamento, alongamento, alimentação e outras coisas tão boas que se pode fazer para curtir esse momento com autoconfiança.
Está na hora de transformar essa cultura do medo para a cultura da confiança. Digo cultura mesmo, pois as evidências científicas estão ai pra provar que as distócias de parto (complicações) são minorias e pergunto até quando a obstetrícia (tanto médica quanto na enfermagem)  terá a cultura de assombrar a mente das mulheres e gestantes? Fazendo com que elas tenham péssimas experiências do momento do parto, traumatizando gerações.
A atuação dos profissionais adeptos da cultura da confiança vem crescendo, mas as condições ainda são muito adversas, basta entrar em blogs e sites de doulas ou de equipes de parto natural para ler os relatos de parto de gestantes que trabalharam nessa força da confiança  e que desfrutaram do resultado de um trabalho de parto com amor, conforto e segurança.
E é isso que nós estamos fazendo nessa grande rede, tecendo os fios da "co fiança" (fiar junto!) para oferecer mais informações às presentes e futuras gestantes para que dêem um basta a esse círculo vicioso da cadeia de intervenções e sintam-se poderosas e capazes de escolher a melhor forma de parir.





COM ESSA IMAGEM DESEJO FARTURA, AMOR, NATUREZA, SIMPLICIDADE E ALEGRIA!

Com Carinho: Rê

terça-feira, 15 de março de 2011

Nascer sem pressa

Matéria do Jornal Vale Paraibano
Endereço eletrônico www.valeparaibano.com.br em "Cotidiano"*

Encontrar obstetras dispostos em encarar as longas horas do trabalho de parto não é fácil no Vale do Paraíba; índice de cesarianas na região chega a 49%, acima da média nacional de 35%

Se tempo é dinheiro, nascer sem hora marcada nos dias de hoje é um grande privilégio. Mas a pequena Flora Liz, de apenas quatro meses de idade, teve essa sorte graças à determinação e à coragem de seus pais, Marcela Veiga e Fábio Diniz. Quando souberam da gravidez, eles confiaram o pré-natal a um médico tradicionalista, certos de que o bebê nasceria de forma natural quando estivesse maduro e preparado para vir ao mundo. Porém, no oitavo mês de gestação, tiveram a notícia de que a indicação era de cesariana e acabaram decidindo fazer o parto arriscado em casa, em São José dos Campos, com a ajuda de uma doula (parteira) e uma enfermeira obstetra.
Conta Marcela que, desde o início, o médico se comprometeu a fazer o parto normal. No entanto, faltando um mês para Flora nascer, ele indicou uma cesariana por perda drástica de líquido amniótico. “Fiquei decepcionada. Eu queria ser a protagonista do nascimento do meu filho. Chamei o Fábio, voltamos ao consultório, e o médico frisou que, se não fizéssemos cesariana, estaríamos colocando em risco a vida do bebê. Quando Flora nasceu, vimos que a bolsa ainda tinha bastante líquido”, lembra Marcela.
O que aconteceu no consultório médico com Marcela e Fábio vem se repetindo com inúmeros casais. A busca por obstetras dispostos a encarar um trabalho de parto tem sido missão penosa, não só nas cidades do Vale do Paraíba, mas em todo o Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, 35% dos partos da rede pública são cesarianos, o que representa 80% dos nascimentos em todo o país. Na região, a média é de 49%, enquanto o preconizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é de, no máximo, 15%. Em 2009, São José realizou 39% de cesarianas, Jacareí, 42%, Taubaté, 33% e Lorena, 83%.
Nos hospitais privados brasileiros, 84% dos nascimentos são feitos com hora marcada, ou seja, com intervenções cirúrgicas. Este cenário se repete nas maternidades particulares de São José e demais cidades do Vale. Para se ter uma ideia, o Hospital São José realizou 938 partos em 2010, dos quais apenas 168 normais (17%).
É consenso entre as gestantes, e profissionais da área também admitem, que isto vem acontecendo porque os médicos de convênios estão sobrecarregados e desmotivados pela baixa remuneração. Os profissionais de consultórios particulares andam com a agenda tão lotada que as pacientes não sentem segurança de que serão atendidas no dia do parto.
O médico Cesar Damasceno, obstetra com 25 anos de experiência e que atende em Jacareí, concorda que o relógio tem pressionado e que muitos profissionais hoje só aceitam fazer cesarianas. “Quando o médico marca o horário do parto, não precisa cancelar compromissos com a família, viagens, e nem a agenda do consultório”, explica.

*No endereço eletronico não havia assinatura do (a) jornalista nem data especificada.

Imagem: google; pressa                                                                                                                    



terça-feira, 11 de janeiro de 2011

PLANOS PARA CHEGADA DE UM BEBÊ EM 2011?!

Planos para chegada de um bebê em 2011?!

Não tenha dúvidas de que você é capaz de passar por um parto digno, um parto respeitoso, UM PARTO PODEROSO!!!

Dúvidas e incertezas é muito comum, mas o mais comum mesmo, é o MEDO da dor.
Existe uma diferença crucial entre: dor e sofrimento. A dor está dentro de um limiar fisiológico que é tolerável ao nosso corpo, mas quando o sofrimento entra junto ai é que vem os temores.

Uma mulher que está prestes a receber o neném, estando em um ambiente tranquilo em que ela possa se alimentar, se movimentar como é conveniente, na presença do marido ou acompanhante de confiança/doula (ou ambos!), vai se sentir amparada.  Esse amparo é fundamental para o alivio da dor afastando os sofrimentos. Diferente de uma mulher deixada num leito, sozinha, tendo que passar por todas as evoluções do parto sem um amparo sem ao menos uma mão para segurar.

Tem mulheres que sentem dores insuportáveis, outras toleram melhor. Linda e misteriosa natureza humana que faz com que cada corpo possa sentir e consentir de maneira única. O período expulsivo (saída do neném) não é a hora de maior dor, mas sim momentos antes, nas contrações finais e é  justamente nesse momento em que as mulheres pedem anestesia. Sem saber que dali alguns minutos aquela dor vai diminuir.


Ocorre normalmente a chamada cadeia de intervenções (medo-dor-anestesia-... ) que levam à uma cesárea desnecessária. Nisso, envolveu tempo, dor, farmacologia, ane$te$ista e lá se foi a oportunidade... de parir, de sentir, de se entregar à natureza.. DE FAZER FORÇA E SENTIR A FORÇA.

Por falta de opção, por falta da vóz da Mãe ser ouvida dentro do patriarcado. Quem fará isso mudar? Nós mulheres! Que vamos parir, que vamos colocar nossos filhos no mundo dentro de um espaço sagado, dentro de um espaço de amor.

Por isso é que dever ser fortalecido o PLANO DE PARTO (aguardem postagem!)
 Tratam o parto, como algo mecânico e não individualizado sendo esse sistema que vigora, uma "contra-ação" à vida e à espontaneidade.

 Ter um parto normal é um resgate muito grande ao poder do feminino, hoje nós sofremos com TPM, sentimos incomodos com a menstruação... Você ja parou pra pensar porque isso? Porque a nossa dificuldade de lidar com o natural, com os processos da vida e morte?

Todo esse movimento do parto humanizado é para trazer de volta a integridade da mulher, a atenção médica é extremamente importante, a tecnologia também em muitos casos!  Mas quem faz o parto é a mulher e não o médico.

Desde o primeiro momento que você descobre a gravidez,  já é hora de preparar a casa do neném, a casa dele é você! Hora de arrumar, limpar, tirar as "tralhas" psíquicas, afastar as neuroses para poder ouví-lo, para poder recebê-lo. Trazer informações positivas para si. Reformas na "casa" no nível físico, mental, emocional e espiritual.

Para na hora do trabalho de parto, saber trabalhar! Saber o que esta acontecendo com você, com as movimentações fisiológicas involuntárias, porque quando você sabe o que esta acontecendo, você não se assusta (ou pelo menos assusta menos..rs) mantém a presença. O melhor anestésico é estar presente.


E principalmente, a presença daquela pessoa que você mais ama e mais confia te tocando, te acariciando, ajuda a trazer a própria presença. O toque é muito curativo, a massagem, o banho quente (alivia a dor que é uma beleza!) um cheirinho (aromaterapia)... são maneiras de trazer o conforto. É um momento único não é?

Pense nisso!

Trabalhe para seu trabalho de parto.

Com Carinho: Rê



Imagem retirada de www.ciranddadalua.com.br

domingo, 21 de novembro de 2010

1° Encontro Barriga Crescente em São Paulo

AMIGA DOULA APÓIA O EVENTO:

1º Encontro BarrigaCrescente
Descubra o seu jeito de ser mãe!

Informações e inscrições: http://www.barrigacrescente.com/index.html

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

LEI DO ACOMPANHANTE

Lei do Acompanhante no Parto
Nosso direito não está À VENDA!!!!

A partir de uma denúncia que relatou a cobrança de taxa em um hospital em Cuiabá-MT, o Ministério Público Federal no Mato Grosso firmou um Termo de Ajuste de Conduta com os hospitais particulares locais. Agora, todos eles terão de permitir a permanência do acompanhante de livre escolha da parturiente gratuitamente no acolhimento, pré-parto, parto e pós-parto imediato e afixar cartazes informando os direitos das gestantes. (http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/dest_sup/mpf-mt-move-acao-contra-hospitais-por-cobranca-ilegal-de-taxa)

Se você foi impedida de ter seu acompanhante nesse momento tão delicado que é o nascimento de um filho, DENUNCIE.
Se cobraram uma taxa para a entrada do seu acompanhante no parto, para a roupa (taxa de paramentação), para ele pernoitar, para a alimentação do acompanhante, DENUNCIE.
Se impediram a entrada do seu acompanhante por ser homem, ou por ser mulher, ou por não ser o pai, DENUNCIE.

Toda mulher tem direito de ter um acompanhante de sua livre escolha no acolhimento, pré-parto, parto e pós-parto imediato.
Todo plano de saúde é obrigado a cobrir as despesas de um acompanhante por esse período. É obrigado a cobrir a taxa de paramentação, a alimentação e a acomodação adequada para pernoite.

Se você se sentir mais a vontade, peça "sigilo de dados pessoais" em sua denúncia.

Acesse: http://www.partodoprincipio.com.br/conteudo.php?src=lei_denuncie&ext=html

Dúvidas: leidoacompanhante@partodoprincipio.com.br

sábado, 4 de setembro de 2010

Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é um fato que amedronta muitas gestantes e nessa vulnerabilidade acabam, muitas vezes, cedendo à cesareana sem investigar melhor sua variáveis e as condições propícias para o parto natural.
Leitura muito esclarecedora, escrito pela Dr. Melania.


Por Melania Amorim
08 de Novembro de 2005
A hipertensão complica cerca de 10% de todas as gestações, e pode se apresentar como pré-eclâmpsia (ou, nos casos mais graves, eclâmpsia), hipertensão crônica, hipertensão crônica com pré-eclâmpsia superposta e hipertensão gestacional. De acordo com um consenso realizado em 2000 nos EUA (National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in Pregnancy), através de uma combinação de medicina baseada em evidências com a opinião de especialistas, a definição de pré-eclâmpsia é dada por hipertensão (pressão arterial sistólica maior ou igual que 140mmHg e/ou diastólica maior ou igual que 90mmHg), que surge depois de 20 semanas de gravidez, associada com proteinúria (excreção de proteína na urina) > 300mg nas 24 horas. Esta é a classificação adotada atualmente no IMIP – Instituto Materno Infantil de Pernambuco em Recife (PE).


A presença de edema não faz mais parte dos critérios diagnósticos, porque não apresenta correlação com o prognóstico gestacional, visto que grávidas perfeitamente normais podem apresentar edema, mesmo edema generalizado. Exames como hemograma, uréia, creatinina, ácido úrico, contagem de plaquetas, testes de função hepática (transaminases) e bilirrubinas fazem parte da propedêutica complementar, mas não dos critérios diagnósticos. Estes exames servem para avaliar a gravidade da pré-eclâmpsia, mas o diagnóstico não depende de sua alteração.


A pré-eclâmpsia pode se sobrepor a uma hipertensão crônica pré-existente, quando então é dita pré-eclâmpsia superposta. Somente a pressão alta não permite o diagnóstico de pré-eclâmpsia. Existe a hipertensão gestacional, em que surge a hipertensão no final da gravidez e que é transitória, não se associa com proteinúria, nem riscos maiores para a mãe e para o bebê. Nessa circunstância, recomenda-se tranqüilizar a gestante, realizar os exames para afastar pré-eclâmpsia, avaliar o bem-estar fetal, e pode-se aguardar o trabalho de parto espontâneo. A hipertensão gestacional não indica a cesariana, e habitualmente também não requer a antecipação do parto, exceto se os níveis tensionais estão muito elevados (por exemplo, 160x110mmHg ou mais).


A pré-eclâmpsia é associada com algumas complicações, como o risco de eclâmpsia (a crise convulsiva), síndrome HELLP (há comprometimento do fígado, das plaquetas e anemia), descolamento prematuro de placenta, alterações da vitalidade fetal e aumento da morbidade e mortalidade neonatal. Entretanto, NÃO constitui indicação de cesárea. A indicação de interromper a gravidez vai depender da idade gestacional, da gravidade da pré-eclâmpsia e da presença ou não de complicações.


Antes de 34 semanas, e na ausência de complicações maternas ou fetais, é possível manter conduta conservadora nos casos de pré-eclâmpsia grave, para aguardar a maturidade fetal. Nesses casos, recomenda-se administrar corticóide (betametasona) para acelerar a maturação pulmonar do bebê. Drogas hipotensoras, como alfametildopa e bloqueadores dos canais de cálcio, são administradas para tentar controlar a pressão arterial. A partir de 34 semanas, em geral indica-se a interrupção da gravidez, que pode também ser necessária antes dessa idade gestacional, se surgirem complicações colocando em risco o bem-estar da gestante ou do bebê.
Entretanto, o parto vaginal é possível, e a cesárea será realizada somente se houver indicação específica e não pela pré-eclâmpsia per se. É claro que a chance de cesárea está aumentada, em virtude de algumas complicações (como o descolamento prematuro de placenta e alterações da vitalidade fetal, por exemplo) indicarem o parto imediato, porém em muitos casos pode ocorrer o parto normal, sem riscos para a mulher. O parto normal é preferível em diversas circunstâncias, porque os distúrbios da coagulação podem complicar a pré-eclâmpsia, e o risco de sangramento é, evidentemente, muito maior na cesariana em relação ao parto normal. Além disso, se houver redução acentuada da contagem de plaquetas (abaixo de 70.000/mm3), não pode ser feita anestesia regional (raquidiana ou peridural) e, na cesariana, a anestesia terá que ser geral, com maiores riscos.


Indução do parto também pode estar indicada em mulheres com pré-eclâmpsia, quando há a indicação de interrupção da gravidez, porém ainda não se desencadeou o trabalho de parto. Como o colo do útero pode não estar dilatado, utilizam-se geralmente comprimidos vaginais de misoprostol (um análogo das prostaglandinas). Deve-se monitorizar a freqüência cardíaca fetal e a contratilidade uterina. Em um trabalho recentemente realizado no IMIP, a taxa de partos normais após indução em mulheres com pré-eclâmpsia a termo foi de 74%.


O sulfato de magnésio está indicado para prevenção da eclâmpsia, e evidências consistentes, incluindo uma revisão sistemática da Biblioteca Cochrane, indicam que a droga é efetiva para reduzir a incidência de eclâmpsia e a morte materna, sem efeitos prejudiciais para o concepto. É possível que, durante o trabalho de parto, como o sulfato de magnésio diminui as contrações uterinas, seja necessário o uso de ocitocina.


Nos casos de pré-eclâmpsia leve, não há indicação geralmente de antecipar o parto, podendo-se aguardar até 40 semanas, desde que os níveis tensionais estejam controlados, gestante e feto em boas condições. Entretanto, devem ser amiudadas as consultas pré-natais, visando a detectar uma possível evolução do quadro para pré-eclâmpsia grave. Dieta equilibrada, repouso relativo, períodos de descanso em decúbito lateral esquerdo, também são recomendados. O parto normal, espontâneo, é perfeitamente possível nesta situação.


O ideal seria, realmente, prevenir, evitar a pré-eclâmpsia. Sabe-se que algumas mulheres têm maior risco: as que engravidam pela primeira vez, as hipertensas crônicas, as obesas e aquelas com história familiar de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia. Quem já teve pré-eclâmpsia ou eclâmpsia em gestação anterior também tem risco aumentado de desenvolver novamente a doença nas gestações seguintes. Estão envolvidos mecanismos genéticos, imunológicos, e uma série de mediadores bioquímicos, como prostaglandinas, endoperóxidos, radicais livres, citocinas... Todos estão relacionados ao processo de desenvolvimento da placenta, porque por algum motivo, genético-imunológico, ainda não completamente desvendado, não ocorre penetração adequada da placenta nas camadas do útero, e a unidade útero-placentária não é bem perfundida (oxigenada). Essa isquemia é que leva ao desencadeamento das alterações bioquímicas, que acabam por induzir hipertensão, proteinúria e efeitos diversos em vários órgãos e sistemas, incluindo rins, fígado, cérebro, coagulação sanguínea...

Infelizmente a prevenção ideal ainda não foi encontrada. Alguns estudos apontam que a suplementação de cálcio em populações com baixa ingestão pode prevenir a ocorrência de pré-eclâmpsia. Em mulheres com risco elevado, parece haver efeito benéfico o uso de aspirina em baixas doses, e recentemente tem sido proposta a suplementação das vitaminas C e E (estudos clínicos estão em andamento). Recomendações básicas são manter uma dieta equilibrada, tentar se enquadrar dentro dos limites normais de peso antes de engravidar e não ganhar peso excessivamente durante a gestação.


Este texto foi retirado do site "Amigas do Parto"
http://www.amigasdoparto.org.br/2007/index.php?option=com_content&task=view&id=275&Itemid=75
imagem: coracaosaudavel.terra.com.br/fotos/gravidez.jpg